Weelington Dias (PT) / Foto: CidadeVerde.Com
O candidato ao governo pelo Partido dos Trabalhadores, Wellington Dias, foi o segundo a participar do quadro Fala Candidato do Jornal do Piauí. Durante sua entrevista, nesta sexta (08), Wellington fez críticas à descontinuidade das obras de saneamento básico em Teresina, afirmou que seus adversários Mão Santa (PSC) e Zé Filho (PMDB) estão do mesmo lado e comentou a situação econômica em que se encontra a administração do Estado.
Wellington garante que seu programa no horário eleitoral gratuito não será usado para promover "baixarias". Respondendo a pergunta do jornalista Elivaldo Barbosa sobre afirmações do candidato Mão Santa (PSC) de que Wellington e Zé Filho seriam candidatos governistas, o petista retrucou.
"Não me tenha como provocação, mas vou dizer uma coisa que ouvi em Parnaíba. Um cidadão me disse: a candidatura do governo tem problemas. Era Sílvio Mendes [PSDB], depois passou a Marcelo Castro [PMDB]. Talvez por essa dificuldades, temos dois candidatos governistas. É o tio e o sobrinho. Como vai dizer que são duas candidaturas que não são governistas? Quem vai acreditar e compreender isso? O povo é muito inteligente. O que importa é que temos um projeto que quero retomar para o povo do Piauí", disse.
Equipe técnica
Repondendo à pergunta do jornalista Elivaldo Barbosa acerca das condições econômicas do Estado, em comparação com anos anteriores, Wellington Dias afirmou que os números dos Tribunais de Contas explicitam que houve "desmantelo" da administração. Para ultrapassar essas condições, Dias afirmou que reforçará a equipe técnica.
"Os números estão aí, dos Tribunais de Contas, da situação de desmantelamento com a rapidez que aconteceu. Sei que vou ter um grande desafio. Mas tenho compreensão de trabalhar com uma outra realidade. Sei que preciso ter uma equipe técnica muito mais preparada. Precisamos de condições de montar um governo livre, com muito mais condições do que tivemos lá atrás", comentou.
Volta ao governo
Dias comentou que sabe da dificuldade enfrentada pela administração estadual, mas segue na campanha com a expectativa de encarar o desafio. "Encaro com muita coragem. Aqui ninguém tratorou, não passou rasteira em ninguém. Estamos com Elmano Férrer, com alegria, chegando nas pesquisas com condições de vencer. E com Margarete, um mulher competente. Nada de já ganhou, nada de sapato alto. Sei do tamanho da responsabilidade e do tamanho da expectativa que tem caso seja eleito", declarou.
Esgotamento
Segundo ele, durante seu governo, foram deixadas as condições de continuidade para as obras de esgoto para que a capital atingisse o índice de 55% de cobertura.
"A população não cobra tanto o saneamento quando saúde, educação e segurança. Mas é onde mais estamos atrasados. Iniciamos em Teresina e já era para estar com 55% saneada. Parnaíba prosseguiu, está com 81%. Teresina nunca entrou em funcionamento. Deixamos 35% pronto e nunca entrou em funcionamento. Deixamos dinheiro para continuar e parte foi devolvido porque não foi aplicado no tempo certo", declarou.
Aliado à ampliação do esgotamento sanitário, o candidato propõe uma política ambiental para tratar das matas ciliares dos rios do Estado, tanto o Parnaíba quanto os rios que desembocam nele. Além disso, auxiliar as prefeituras a concluírem os planos de destinação dos resíduos sólidos.
"Vamos trabalhar o meio ambiente, a revitalização das matas ciliares, do rio Parnaíba e dos rios que despejam no Parnaíba, mas principalmente esgoto e lixo que vai parar no rio. Venceu o prazo para os municípios fazerem o plano gestor. Queremos voltar a apoiar os municípiso, já que eles não fazem sozinhos", disse.
Turismo
Duas regiões são pontuais no turismo piauiense no plano de governo de Wellington. Segundo o candidato, o Delta do Parnaíba e a Serra da Capivara serão tratados como pontos de atração do turismo internacional.
Associado a eles, o governo deverá trabalhar outras regiões para a atração do turismo regional. "Temos duas joias com potencial internacional que é o Delta e a Serra da Capivara. Apanhei muito porque não tínhamos o voo para Parnaíba. Comemorei muito o Programa Nacional da Aviação Regional. Desde 2011 os pontos que coloquei para o meu mandato e a presidente Dilma criou o programa e o fundo nacional. O Piauí ganha sete aeroportos nacionais. Uma passagem para São Raimundo custa R$ 90. Você dá um subsídio com impostos mais baixos para que a passagem fique de avião como a pssagem de ônibus", comentou.
Leilane Nunes
leilanenunes@cidadeverde.com
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