O candidato ao governo do Piauí pelo PSTU, Daniel Solon, visitou o grupo LGBT Matizes, em Teresina, e assinou um termo de compromisso com políticas públicas voltadas para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis.
De acordo com o candidato, dados mostram que o Piauí é um dos estados com maior índice de violência contra a população LGBT do País. O caso mais recente foi o da travesti Makelly, brutalmente assassinada na zona sul de Teresina. Para Daniel Solon, além do combate aos crimes de homofobia e transfobia (ódio a travestis e transexuais), “é necessário um programa de políticas públicas que visem o atendimento à saúde, promoção de ações de segurança no combate à violência, políticas educacionais sustentadas nos princípios da equidade e outras demandas em defesa dos seus direitos”.
Ele, no entanto, critica a omissão do Estado tanto em políticas públicas, como em combate a violência aos LGBTs. “Há meses existe um grupo criminoso que se autodenomina de Irmandade Homofóbica do Piauí, mas os órgãos de segurança nada avançam em descobrir quem faz parte dela. A polícia só tem sido rápida mesmo para criminalizar os movimentos sociais e suas lutas por direitos, como acontece em todo o país”, afirmou.
O coordenador da secretaria LGBT do PSTU, Junior Vieira, afirma que essa ação do grupo Matizes de discutir com os candidatos ao governo e exigir o compromisso com as suas reivindicações é importante para cobrar uma posição pública dos partidos sobre o seu programa de governo para o público LGBTs. “Atualmente, os governos fazem de conta que se importam, mas o que vemos na verdade é o aumento absurdo do número de assassinatos a gays, além da falta de políticas públicas para os que estão em situação de total vulnerabilidade e que buscam a prostituição na maioria dos casos”, ressalta Junior Vieira.
O PSTU defende a criminalização da homofobia e da transfobia através da aprovação do PLC 122/09 em seu conteúdo original. Infelizmente, os partidos da bancada religiosa conservadora e demais partidos de direita, financiados por grandes empresas e latifundiários, são os que mais se opõem à luta contra a homofobia, influenciando negativamente as políticas do governo Dilma (PT) e nos estados no que se refere aos direitos dos LGBTs.
Da Redação
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