Um laudo médico da Agência
de Defesa Agropecuária do Piauí confirmou o diagnóstico de raiva humana como
causa da morte de Edilson Santos Oliveira, 32 anos. A morte ocorreu no dia
22/04, na cidade de Parnaíba. Edilson havia sido mordido por um macaco.
A vítima trabalhava como catador no
lixão do município e residia próximo ao local, no Parque José Estevão.
Cristiane de Freitas, mulher de
Edilson, afirma que o marido havia comprado o macaco sagui por uma importância
de R$ 4,50. Poucos dias depois, Edilson teria se aproximado do animal para
brincar quando foi atacado com duas mordidas em seus dedos da mão direita. “Eu
insisti para que ele fosse em um posto de saúde comigo, mas ele não quis e
disse que a dor ia passar", conta.
O caso chamou a atenção da vigilância
epidemiológica de Parnaíba que em parceria com o IBAMA agiram para evitar
outros casos. A maioria dos moradores da comunidade criava animais da mesma
espécie. “Depois que os vizinhos souberam que Edilson contraiu a raiva através
da mordida do macaco, quem criava soltou o animal e não era essa a atitude
correta”, explica Karliane de Araújo, diretora da Vigilância Epidemiológica de
Parnaíba.
A pessoa que cria animal silvestre como
o macaco e devolve para o IBAMA não é multado. Caso contrário, a multa é igual
para quem captura e recepta o animal. “O melhor caminho é a devolução”, diz
Antônio Pereira, chefe do escritório regional do IBAMA.
A recomendação para quem é mordido ou
arranhado por um animal é, inicialmente, lavar bem o ferimento com água e
sabão, depois procurar um posto de saúde mais próximo para tomar a dose da
vacina contra a raiva.
Tiago Mendes (correspondente do
Cidadeverde.com em Parnaíba)