O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, afirmou nesta terça-feira (11) que o Ministério Público deve apurar a
acusação, feita por Marcos Valério, de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva sabia do esquema do mensalão. No intervalo da sessão do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ), ao ser questionado por jornalistas se as acusações deveriam
ser investigadas, ele disse: "Eu creio que sim".
O ministro não respondeu a outra pergunta, feita momentos
antes, sobre se era "grave" a acusação. Ele disse que tomou
conhecimento "não oficial" do depoimento de Valério. "Tomei
conhecimento oficioso, não oficial".
Marcos Valério, apontado como operador do mensalão e
condenado a mais de 40 anos de prisão pelo STF, disse, em depoimento à
Procuradoria-Geral da República prestado em setembro, que Lula autorizou
empréstimos dos bancos Rural e BMG para o PT com objetivo de viabilizar o
esquema, segundo reportagem na edição desta terça-feira (11) do jornal "O
Estado de S. Paulo".
Conforme a publicação, o dinheiro também foi usado para
pagamento de "despesas pessoais" de Lula.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta
terça, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre
o assunto até o final do julgamento do mensalão pelo STF. A PGR já havia
informado que novas informações repassadas por Marcos Valério não seriam
incluídas na ação do mensalão, mas sim poderiam abrir um novo processo em
primeira instância, por exemplo.
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), afirmou
que vai protocolar convite para que Marcos Valério preste explicações na Casa
sobre depoimento dado à Procuradoria-Geral da República. "Vamos criar o
fato político no Congresso. Ouvir Marcos Valério é propor transparência, é
colocar todo o fato à luz, para que a sociedade possa dele tomar
Já o ex-presidente não vai falar sobre o assunto foi o que
afirmou o instituto Lula.
Opinião
Quando Lula jurava de pés de juntos na imprensa nacional, de
que ele não sabia de nada sobre o assunto, ele mostrava que diferente da “companheira”
Dilma, não estava também sabendo o que acontecia com o país. Ora, se um(a)
dono(a) de casa sabe o que acontece ou que falta em sua residência, porque não
é obrigação de um presidente saber o que acontece no país que ele governa? É estranho,
mas é isso.
Edição: Blog do Tiago Mendes
Fonte: G1
Edição: Blog do Tiago Mendes
Fonte: G1