sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Residências inacabadas do programa Minha Casa, Minha Vida foram invadidas em Luís Correia


Cerca de 70 residências do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida do governo federal foram invadidas no município de Luis Correia no litoral do Piauí. A demora na conclusão e a falta de cadastro teriam sido os motivos para esse comportamento.


A repórter Izabela Martins da TV Delta foi ao até o local onde essas famílias já estão se alojando de maneira irregular. De acordo com o relato dessas pessoas falta esclarecimento por parte da prefeitura do município, que após a conclusão das obras se torna responsável pelo sorteio das residências. “ como a prefeita Adriane Prado disse que não iria terminar as casas, nós resolvemos invadir, a gente está de baixo. O dono é o primeiro que chegar ” disse Ronaldo Araújo um dos ocupantes das casas.


Uma das maiores reclamações é a demora na conclusão da obra, já que as casas estão sem portas, janelas, piso e revestimento. O aposentado Paulo Tárcio disse que foram feitos vários cadastros em um período de três anos, e, que até agora não viu resultado. A prefeitura através da Secretaria de Assistência Social disse que a responsabilidade deste impasse é da construtora responsável pela obra “ a responsabilidade é da construtora, porque não foram entregues as casas para o município ainda, nós estamos em parceria com eles para agilizar a situação ” declarou Sandra Reis representante da secretaria.


Ainda de acordo com Sandra em agosto do ano passado foi realizada uma reunião com representantes da Caixa e da prefeitura de Luís Correia onde foram constatadas irregularidades no cadastro dos beneficiados, alguns deles já haviam sido contemplados com outros cadastros de habitação.

A construtora responsável pela obra não se pronunciou até o fechamento da reportagem, informações colhidas no local onde as famílias estão alojadas reforçam a idéia de que a empresa não recebeu o dinheiro do Ministério das Cidades, a suposta falta do pagamento teria sido o motivo da paralisação das obras.

Para demarcar suas casas, as famílias estão colocando os nomes na frente das residências a prefeitura disse que vai enviar assistentes sociais até o local para tentar esclarecer que o comportamento adotado pelas famílias é irregular.


Tiago Mendes  
Imagens: Reprodução TV Delta