O maior partido de oposição no Brasil, que possui em seu
quadro político nacional, nomes considerados como o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, simplesmente
morreu em Parnaíba.
Quando digo isso, me refiro a representação zero que o PSDB
tem na segunda maior cidade do Piauí. Na oposição há mais de dez anos, este
também é o tempo em que não se vê um vereador no legislativo parnaibano. É vergonhoso
para o partido que é grande, tem história, mas que suas lideranças locais não
conseguem conquistar votos significativos para se fazer representado.
Há quem possa apontar, que o ex-deputado estadual Tererê que
assumiu na época como suplente, foi a grande liderança do partido na cidade e
na região. Sim, até aí tudo bem, mas e quanto à presença política em Parnaíba,
porque não se consolidou espaços ao longo desse tempo para que o PSDB estivesse
nas discussões políticas e sociais do município? Teria a sigla perdido a
ideologia?
Quando eu li sobre um convite que o ex-senador Mão Santa recebeu
do governador de São Paulo Geraldo Alckmin para ingressar no partido, até disse
para mim mesmo, “Tai um nome que se encaixa ao perfil da ideologia de um
partido como os tucanos” talvez fosse ele o nome que agregasse força e
representação para o PSDB de Parnaíba. Mas sua ida para o PSDB foi descartada,
então, voltemos à figura do Tererê; não estaria na hora do ex-deputado assumir
uma responsabilidade maior?
A responsabilidade de ressuscitar o partido no maior colégio
eleitoral do Piauí, depois da capital Teresina. Se o próprio Tererê entendesse
que é mais prudente ser ele um candidato a vereador, aí, sim, a coisa começaria
a seguir o rumo da ideia, que é colocar o PSDB de volta no cenário político de Parnaíba. As votações que ele Tererê obteve em suas campanhas, mostram que ele
pode, sim, fortalecer o partido. Mas para isso, ele teria que concordar e ser
humilde de se lançar como candidato a vereador.
A executiva do PSDB a nível estadual precisaria ser a mais
interessada neste assunto, no entanto, o que se vê é o clima de “Está tudo bem,
do jeito que está”, a prova foi o alvoroço que o ex-governador Zé Filho criou
quando resolveu anunciar sua saída do PMDB, partido que integra a base do
governador Wellington Dias (PT). Zé Filho fez o papel do próprio PSDB, ou seja,
a ideologia dos tucanos piauienses é bem diferente dos tucanos do restante do
país. Quem deveria ser tucano, é na verdade um pardal quietinho!
Por: Tiago Mendes
