quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Parlamento português oferece ajuda para reconstruir Museu da Língua


SÃO PAULO - O Parlamento de Portugal ofereceu ajuda para a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que foi destruído por um incêndio em 21 de dezembro. Em deliberação aprovada na última terça-feira, os parlamentares portugueses disseram que receberam a notícia do acidente com “particular tristeza e consternação”.

Segundo o texto, aprovado pela Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, a Assembléia da República de Portugal coloca-se à disposição para colaborar, “na medida das suas capacidades, no esforço de reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, exaltando assim, uma vez mais, a união em torno da expressão em língua portuguesa no mundo”. A deliberação será encaminhada às autoridades brasileiras por meio das vias diplomáticas.

Na opinião dos deputados portugueses, o museu se transformou em referência para os países lusófonos: “É inquestionável, desde então, o papel essencial que o museu vinha desempenhando na valorização, promoção e difusão da língua portuguesa, tendo logrado inovar no plano da divulgação de conteúdos baseadas na utilização das novas tecnologias de informação, designadamente, com recursos interativos que em muito contribuíram para a assinalável e permanente adesão de milhões de visitantes interessados no conhecimento do universo da língua e das culturas que se exprimem em português”, afirma o texto da comissão.

O incêndio destruiu completamente o museu, que ainda não tem data para ser reaberto. As chamas atingiram também o prédio da Estação da Luz, tombado pelo patrimônio histórico, e interrompeu a circulação de trens por dez dias. O incidente causou, ainda, a morte do brigadista Ronaldo Pereira da Cruz, de 39 anos, que teve uma parada cardiorrespiratória enquanto trabalhava para apagar o fogo.

As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas. A hipótese mais provável é que o fogo tenha começado após a troca de uma lâmpada que ficava em cima a redes instaladas no teto que faziam parte da exposição sobre o historiador Câmara Cascudo. O museu estava fechado ao público naquele dia.


Fonte: O Globo