Depois de forte pressão popular para que o Réveillon no
litoral piauiense fosse realizado como vinha sendo de 2014 para trás, o
Secretário Estadual de Turismo do Piauí Flávio Nogueira Júnior, disse em
entrevista à sua assessoria de imprensa que o Réveillon, agora será realizado.
Mas o que nos chama a atenção, não é a demora em organizar
uma festa tradicional que todos os secretários antecessores disponibilizavam em
tempo normal a programação. Mas sim, as “justificativas” da demora. Primeiro o
secretário visita o litoral em agenda administrativa, para “conhecer” os
problemas da região. Na maioria das matérias Flávio Júnior posa em fotografias
sem que houvesse um contato anterior com os prefeitos dos municípios por onde
ele passou, ou seja, parceria pública não era o foco.
Segundo, o secretário atribui a falta da limpeza das orlas
de praias como a de Atalaia, por exemplo, ao município, esquecendo que sua
secretaria tem papel fundamental para isso. Basta ver como foi bem destacada a
presença e a participação do então Secretário da mesma pasta Silvio Leite,
quando inaugurou a nova orla no governo de Wilson Martins (PSB). Quer dizer que
o turismo do estado só pode ser visto em momentos bons? Se não convém holofotes
pouco importa a participação?
E por falar em orla de atalaia, aquela que a Associação dos Bares e Restaurantes da Orla emitiu por escrito um documento solicitando a nomeação de um
administrador de orla e, que este fosse indicado pela própria associação pelo
conhecimento técnico que possui, o documento foi endereçado ao gabinete do
secretário e como resposta ao pleito, veio a nomeação de uma pessoa ligada ao
partido do secretário, segundo informou uma fonte ligada ao órgão.
Mas que bom que a secretaria de turismo do Piauí conseguiu
divulgar a programação da tradicional festa de Réveillon e com muito “esforço”
a limpeza da orla de quem eles tiram a responsabilidade, como se o “sacrifício”
não beneficiasse diretamente os objetivos da pasta do governo. Na nota
divulgada esta semana pela assessoria da secretaria, houve até a ressurreição
da finada Cepisa, na nota diz que o secretário esteve reunido com
representantes de vários órgãos, incluindo a distribuidora que todos os
piauienses hoje conhecem como Eletrobras.
Esse negócio de fazer política e não agir tecnicamente foi
que fez com que o Piauí amargasse nos piores rankings, enquanto o Ceará
continua mostrando como se trabalha para desenvolver todo o estado. Depois questionam
porque o Piauí não avança?
Por: Tiago Mendes