O avanço de dunas de areias na pista, já se tornou uma
novela repetida, onde os “atores” costumam falar um texto que todo mundo já
sabe. É sempre a mesma ladainha “Quem tem que limpar são as prefeituras”
contam.
Esse negócio de ficar passando a responsabilidade para
outros, é coisa de quem nunca teve preparo na vida. Se não, vejamos, até poucos
dias, o então secretário estadual de truísmo do Piauí Flávio Nogueira, dizia em entrevista à uma TV da capital, que o estado é um grande incentivador do
fortalecimento do turismo, mas, que a limpeza de toda a orla de praias, cabe às
prefeituras. Ora, se o estado tem tanto interesse em desenvolver o turismo de
maneira coletiva. Porque não seguir o exemplo do vizinho, Ceará, que todos já
estão cansados de ouvir falar?..
É o único estado por onde se pode copiar no nordeste um
comportamento maduro de se fazer gestão pública. Não custa lembrar, no Ceará,
quando termina a política, os palanques se desfazem, e os políticos eleitos,
sejam de lado A ou B, se somam em favor do desenvolvimento do estado. No Piauí,
a demagogia continua correndo nas veias das raposas velhas, aquelas que
discursam uma coisa e acabam fazendo outra, completamente diferente do que
vivem a pregar.
Para não fugir do
assunto, é hora de cobrar dos políticos do estado e dos gerentes de órgãos
ambientais, uma postura mais firme e consistente, no que se refere às dunas que estão em constante avanço na pista da PI 116 em Luís Correia. A recém
chegada gestão da SEMAR (Secretaria do Meio Ambiente) a própria secretaria de
Turismo do Estado, enfim, os que querem de fato, trabalhar em prol do
desenvolvimento verdadeiro para o Piauí.
A prefeitura de Luís Correia, tem feito o papel de muitos
órgãos, por semana, são enviados pelo menos três máquinas para remover a areia
da pista que dá acesso às praias de Macapá e Maramar. Se houvesse interesse
real, dos que vão para a TV falar que estão desenvolvendo o turismo, quando na
prática, a população enxerga o contrário, o turismo seria motivo de orgulho
para o Piauí, e só não está pior porque as prefeituras de Luís Correia,
Parnaíba e Cajueiro da Praia, acabam fazendo o papel do governo e seus órgãos
ligados ao setor.
Nesta queda de braço, brincadeira de “menino traquino” quem
sai perdendo é o Piauí, é que na tentativa de tentar beneficiar alguém, o autor
da brincadeira perde feio pro seu vizinho, que dá gargalhadas ao ver que nem
todos da vizinhança, descobriram a receita do desenvolvimento.
Por: Tiago Mendes
Fotos: Kairo Amaral