Confesso que preferi deixar
para falar somente agora, sobre o episódio das barracas na orla da praia de
Atalaia em Luís Correia – PI, porque era preferível que o órgão competente se
pronunciasse oficialmente sobre a ação.
Teve gente ligada ao ex-prefeito do município, que sequer se
deu ao trabalho de ouvir os órgãos envolvidos na ação, antes de publicar suas
notas. Ao invés de tratar sobre o real motivo que levou à demolição das
barracas, que inclusive foi autorizada pela justiça, preferiram distorcer o
assunto, afim de beneficiar politicamente quem nunca gostou da legalidade. Comportamento
típico de quem leva à sério o “jornalismo”.
Vamos entender melhor o caso. Em uma nota enviada ao site
Proparnaíba, a Superintendente do Patrimônio da União, Ana Célia coelho,
destacou que a ação realizada em conjunto pela SPU, o Ministério Público do
Estado e a Prefeitura, objetiva devolver para a população as áreas públicas da
orla da praia. O que significa dizer que a área que pertence à União e não à
prefeitura, é criteriosamente monitorada pelo governo, onde investimentos foram
feitos para melhorar o turismo no local.
Exemplos de orlas de praia como as de Fortaleza em Iracema e
no Rio de Janeiro, Copa Cabana, a organização serve de espelho para muitas
outras praias do país, ao invés de praias faveladas, temos exemplos de
organização que beneficia diretamente os que visitam o local, serve para eles,
serve para nós.
Em 2006, o governador Wellington Dias (PT), deu inicio a
construção de quiosques na orla da praia, um modelo igual para todos os
proprietários de bares e restaurantes comercializarem seus produtos. A ação
possibilitou que de maneira organizada a orla de atalaia fosse preservada, e
que o restante fosse aproveitado para a prática de esportes e uso comum dos
banhistas. O resultado disto, é que o comércio com estrutura adequada, colheu
frutos positivos.
Aos poucos, começaram a surgir invasões, barracas foram
fixadas e o espaço começou a se tornar pequeno. Ainda no mês de junho, antes do
recesso parlamentar, os deputados estaduais realizaram uma audiência pública
para tratar sobre a linha de praia, ou terrenos de marinha. Várias notificações
foram enviadas aos proprietários de barracas que ocupavam de maneira irregular o
espaço, para que procurassem a regularização ou desocupasse a área pública, ou
seja, ninguém foi pego de surpresa.
Diante do pronunciamento oficial da representante da SPU,
não restam dúvidas, quem tentou jogar para a platéia que a demolição das
barracas foi ordem do município, quebrou a cara. Agora seria interessante que
essa mesma turma de justiceiros eleitorais, questionasse na mesma intensidade o
Ministério Público e a SPU. Fica a dica!