A Rede Globo de Televisão fundada pelo jornalista Roberto
Marinho em abril de 1965 no Rio de Janeiro, está completando 50 anos, o canal
ainda é assistido pela maioria dos brasileiros, ou seja, na divisão da torta da
audiência o canal carioca detém a maior fatia até hoje.
Mas o sucesso em si, da emissora da família Marinho não é o
principal motivo das “manifestações” realizadas recentemente em frente sua sede
na capital Fluminense, o ato que pouco se ouviu falar pelo fracasso que
representa, teve seu material compartilhado por pessoas ligadas à um partido
político bem conhecido na coluna policial.
O que mais chama a atenção é que o movimento “popular” vem
após a série de denúncias evidenciadas pela imprensa brasileira, e com maior
alcance pela TV Globo. É direito dos brasileiros o conhecimento sobre tudo o
que acontece neste país, principalmente quando o dinheiro de uma sociedade está
em questão. Foi o que vimos nas reportagens que abordavam as operações “Lava
Jato”, o “Mensalão” entre outras.
Como vivemos em um país democrático, ou melhor, numa “pátria
educadora” a inteligência lógica nos faz pensar da seguinte maneira “se eu não
gosto do canal de Televisão X, me basta apenas o controle remoto”. Agora quando
se prega o fechamento de uma emissora como a Globo, que é responsável pela
geração de milhares de empregos pelo país, vem a pergunta. Quem seria tão
contrário ao emprego dessas pessoas que dependem da Globo?
Bom, é lógico que essas “panelinhas” não terão êxito, até
porque não depende de militantes o fechamento, ou não, de uma emissora de TV,
na verdade o que eles querem sempre, é mídia, e que bom seria um flash ao vivo
no Jornal Nacional, não foi o que aconteceu. O mesquinho movimento, sequer
reuniu meio milhão de manifestantes, mas foi intitulado por alguns como
“Brasileiros protestam pelo fechamento da Rede Globo”.
Ainda vai demorar um pouco para que meia dúzia de cabeças
ocas passe a entender que para uma sociedade ser considerada democrática politicamente,
se faz necessário o acesso à informação de todas as maneiras, quem é contrário
a isso, é evidente que um bom democrata não é.
Tiago Mendes