Juciê Machado / Imagens arquivo pessoal
Parece mentira, mas ainda hoje a imprensa sofre neste país
com a ignorância e o desrespeito que parte das pessoas pratica contra os
profissionais da área.
Acabo de ver na rede social do meu colega de trabalho Kairo
Amaral que o seu cinegrafista Juciê Machado sofreu ameaça durante o exercício de
sua função, no texto o repórter da TV Costa Norte descreve que Juciê estava
registrando momentos da comemoração que levou à vitória a escola de samba “
Nova Parnaíba no Samba ” campeã do carnaval de Parnaíba deste ano.
Ainda no texto Kairo conta que o presidente da escola de
samba passou mal e, como parte de todo o registro o colega Juciê Machado
filmava o que estava acontecendo, até ser ameaçado por um dos integrantes da
escola que chegou a dizer que se o cinegrafista não parasse de filmar ele
quebraria o equipamento. Ora mais vejam só, quem dá a qualquer cidadão seja ele
quem for, o direito de quebrar equipamentos de uma empresa, seja pública ou
privada, só porque está se sentindo incomodado?
Fico admirado com a incapacidade de certas pessoas de
reconhecerem o seu devido lugar, quer dizer que enquanto tudo estivesse as mil
maravilhas na avenida, o cinegrafista deveria cobrir tudo que ali acontecia? O fato
de o presidente Liberato ter passado mal permite sim que o cinegrafista continue
fazendo o registro, ou alguém por lá não teve culpa de algo que não pudesse ser
visto? O local é público, o evento também, que diabos impedia o cinegrafista de
trabalhar?
Lamento esse triste acontecimento com meu amigo Juciê e me solidarizo
com ele, quero acreditar que o presidente da escola de samba campeã não
concordou com esse comportamento pífio de um dos seus membros, até porque a
imprensa sempre recebeu seu presidente para tratar de assuntos de interesse de
toda a escola.
Diante de tudo isso me resta aqui lembrar o seguinte, o
ditado está certo quando diz: “ quem é Rei, nunca perde a majestade ”.
Tiago Mendes