Presídio de Parnaíba / Foto: 45 graus
A fuga de Dyonny Alves de Sousa do presídio de Parnaíba
ocorrido na madrugada desta segunda-feira (22), faz surgir um questionamento:
que tipo de segurança o presídio tem?
Essa não foi a primeira, e, nem será a ultima vez que um
detento consegue fugir daquele presídio, há mais de um ano não haviam registros
de fuga, mas mesmo assim os dirigentes do Fontes Ibiapina sabiam da
vulnerabilidade disso acontecer. O agente André Seixas disse que já alertou os
comandos superiores quanto as deficiências da instituição, mas que pouco surtiu
efeito: “ esse presídio era um mercado e foi adaptado, ele não oferece
condições de segurança suficiente ” lembrou.
O diretor do presídio David de Oliveira disse que fugas
acontecem, mas que vai pensar em medidas preventivas para que isso não ocorra
mais. O fato é que toda a estrutura física do presídio deixa a desejar, as
câmeras de segurança não funcionam há muito tempo, apenas uma guarita está
funcionando, algumas lâmpadas estão
queimadas, o que facilitou para que a fuga de Dyonny. Um outro fato que
assusta, é que, o armamento está obsoleto, segundo informações dos agentes, não
há armamento não letal, se um possível motim ocorrer dentro do presídio, os
agentes terão que usar armas letais para manter a ordem.
Um dito popular traz
a frase que: “o brasileiro só levanta o muro depois de ser roubado”, parece que
a frase se encaixa com a realidade do presídio de Parnaíba, que comporta mais
da metade da capacidade real, o numero adequado de detentos seria 140, mas o
total de hoje está atualizado em 323 detentos, mais da metade que deveria existir.
Uma coisa é verdade, ou a secretaria de segurança pública do estado, faz ouvido
de mercador para o caso, ou existe a intenção proposital de manchar a imagem do
governo na região norte do Piauí.
O que não devemos, não tememos, se até a imprensa é impedida
de entrar nas dependências do presídio para fazer uma reportagem, é porque boa
coisa não pode ser vista lá dentro.
Por Tiago Mendes