segunda-feira, 27 de maio de 2013

Deputado Nazareno Fonteles debateu a PECC 33 em Parnaíba


O deputado federal Nazareno Fonteles atendendo ao convite do presidente do PT parnaibano Edivan França, participou sexta feira (24), em Parnaíba–PI na  Câmara Municipal, do debate sobre a PEC 33/ 2011  que  contou com a participação  de  acadêmicos de Direito da  Faculdade Maurício de Nassau , professores  e da sociedade civil.  

Em sua explanação o deputado citou  o artigo 1º da  Constituição. “É neste  artigo que se diz que o Brasil é uma República e se constitui em Estado Democrático de Direito e coloca seus fundamentos, que são  exatamente cinco :  a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político”, diz.

“Mas aí fecha o primeiro artigo com um parágrafo único, dizendo que o poder emana do povo, eu repito, o poder emana do povo e é todo o poder que emana do povo que está escrito aqui , que o exerce por meio de representantes eleitos, que somos nós e o Executivo, ou diretamente, nos termos desta Constituição por plebiscito ou referendo, cujas prerrogativas exclusivas são do Congresso convocar.

Aqui está claro que o Supremo Tribunal Federal e nenhum Judiciário deste País podem se sobrepor a este Poder, porque isto é a lei maior que emana do povo”, disse o deputado.

A PEC 33 de 2011  estabelece,   que o STF só poderá propor súmulas vinculantes “após reiteradas decisões sobre matéria constitucional”, resultante de decisão de quatro quintos dos ministros. De acordo com a proposta, as súmulas, no entanto, só passarão a ter efeito vinculante após aprovação do Congresso Nacional.

A PEC estabelece também que somente pelo voto de quatro quintos dos ministros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou do ato normativo do Poder Público.

As decisões do Supremo referentes às ações diretas de inconstitucionalidade (Adins), segundo a PEC, não terão efeito imediato e deverão ser encaminhadas à apreciação do Congresso Nacional. Caso o Parlamento se posicione de forma contrária à Corte, deverá submeter a controvérsia à consulta popular.

De acordo com o deputado as mudanças servirão para conter o chamado “ativismo judicial”. “O protagonismo alcançado pelo Poder Judiciário, especialmente dos órgãos de cúpula, é fato notório na imprensa. A manifestação desse protagonismo tem ocorrido sob duas vertentes que, embora semelhantes, têm contornos distintos: a judicialização das relações sociais e o ativismo judicial se vocês lerem está lá na justificativa da PEC”, disse deputado Nazareno Fonteles.

"O Supremo Tribunal  Federal tem se tornado ao longo do tempo um “superlegislativo” ultrapassando suas atribuições. “Há muito tempo , o STF deixou de ser um legislador negativo, e passou a ser um legislador positivo. Diga-se, sem legitimidade eleitoral. O certo é que o Supremo vem se tornando um superlegislativo”, afirma.

Na justificativa da proposta, o deputado cita exemplos, como a decisão sobre a fidelidade partidária, a verticalização das eleições, aborto anecéfalos, lei dos royalties, anulação da exigência do diploma de jornalista, coligação partidária e a redução das vagas de vereadores, como ingerências do Poder Legislativo nas atribuições do Parlamento.


“Não pode ministro algum interromper processo legislativo. Isso é golpe de Estado feito por juiz. Isso é rasgar a soberania, é desrespeito. Enquanto eu estiver voz, estarei  defendendo para que ele acorde e respeite a Constituição que lhe dá obrigações. No Art. 49,inciso XI. O que está dito aí ? Que é competência exclusiva do Congresso Nacional zelar pela sua  competência legislativa,diante da atribuição normativa dos outros  Poderes. O que significa isso ? Quando um  ministro  desses invade a nosso competência  legislativa, diante da atribuição normativa dos  outros Poderes.  O que deveria ser feito ? Projeto de decreto legislativo anulando essas decisões. Mas há cada debate realizado  estamos avançando na democracia  e construindo um espaço para os dois poderes dialogarem”,  finaliza  o deputado  Nazareno Fonteles. 

Ascom