segunda-feira, 22 de julho de 2013

Fontes Ibiapina: Um presídio deficiente em Parnaíba

Presídio de Parnaíba / Foto: 45 graus
A fuga de Dyonny Alves de Sousa do presídio de Parnaíba ocorrido na madrugada desta segunda-feira (22), faz surgir um questionamento: que tipo de segurança o presídio tem?

Essa não foi a primeira, e, nem será a ultima vez que um detento consegue fugir daquele presídio, há mais de um ano não haviam registros de fuga, mas mesmo assim os dirigentes do Fontes Ibiapina sabiam da vulnerabilidade disso acontecer. O agente André Seixas disse que já alertou os comandos superiores quanto as deficiências da instituição, mas que pouco surtiu efeito: “ esse presídio era um mercado e foi adaptado, ele não oferece condições de segurança suficiente ” lembrou.

O diretor do presídio David de Oliveira disse que fugas acontecem, mas que vai pensar em medidas preventivas para que isso não ocorra mais. O fato é que toda a estrutura física do presídio deixa a desejar, as câmeras de segurança não funcionam há muito tempo, apenas uma guarita está funcionando,  algumas lâmpadas estão queimadas, o que facilitou para que a fuga de Dyonny. Um outro fato que assusta, é que, o armamento está obsoleto, segundo informações dos agentes, não há armamento não letal, se um possível motim ocorrer dentro do presídio, os agentes terão que usar armas letais para manter a ordem.

 Um dito popular traz a frase que: “o brasileiro só levanta o muro depois de ser roubado”, parece que a frase se encaixa com a realidade do presídio de Parnaíba, que comporta mais da metade da capacidade real, o numero adequado de detentos seria 140, mas o total de hoje está atualizado em 323 detentos, mais da metade que deveria existir. Uma coisa é verdade, ou a secretaria de segurança pública do estado, faz ouvido de mercador para o caso, ou existe a intenção proposital de manchar a imagem do governo na região norte do Piauí.

O que não devemos, não tememos, se até a imprensa é impedida de entrar nas dependências do presídio para fazer uma reportagem, é porque boa coisa não pode ser vista lá dentro.  


Por Tiago Mendes